Apesar de ser um método de transporte já antigo, o modal de transporte marítimo corresponde à 70% de todas as operações de transporte do mundo por ser mais flexível e também econômico.
Nesse modal, o transporte é feito normalmente a partir de contêineres e por isso, o LCL e o FCL têm tudo a ver. Um deles permite que a carga seja inteira colocada em um único contêiner e o outro para dividir a carga entre vários contêineres
O que é o LCL e o FCL?
O FCL é a sigla para Full Container Load que traduzido fica Contêiner Totalmente Carregado. Já o LCL é Less Container Load, que se também traduzirmos, obtemos Container com Menor Carga. Portanto para definirmos qual tipo de contêiner iremos usar, basta analisar o que é mais viável para a carga que você pretende transportar.
O LCL é a melhor opção para quem busca uma maior redução de custos. Ou seja, torna o transporte marítimo ainda mais “barato”, sendo uma opção ainda melhor de custo-benefício. Porém esse processo pode demorar mais, pois para que ele seja transportado, o contêiner precisa estar completo, com sua carga em conjunto com outras cargas.
Já em FCL, temos uma prática inteligente, pois a sua carga é responsável por encher o contêiner sozinha, evitando possíveis problemas e sendo enviada mais rápido. Porém, se a carga não for suficiente para encher o contêiner e ela for transportada sozinha vai ter um custo maior.
Dentro da modalidade FCL existe um tipo de operação chamada “part lot”. Ou seja, lote parcial, que é quando dois ou mais exportadores optam por dividir um mesmo espaço de um contêiner para enviar produtos para um mesmo consignatário.
Assim, os custos do frete são divididos entre os dois portadores da carga, o que muda é que o consignatário é o mesmo para todos exportadores, onde uma única empresa pode fazer a liberação da carga.
Já em relação ao frete, nós temos ao menos três gastos garantidos, que devem ser colocados na ponta do lápis, são eles:
O Bill of Landing (B/L) que é uma taxa que tem a ver com a emissão do Conhecimento de Embarque.
O Terminal Handling Charge (THC) que é cobrado como uma taxa pela manipulação que é feita no porto. No FCL, esse valor é determinado pela empresa marítima conforme o container e a localização. No LCL, a cobrança é conforme a relação tonelada por metro cúbico.
E o International Security Port Surcharge (ISPS) que é uma sobretaxa que vem das empresas marítimas e tem ligação com as medidas de segurança.
Mas por que escolher o transporte marítimo?
Como já dito, o transporte marítimo é mais barato e transporta uma alta quantia de carga, coisa que por exemplo, no transporte aéreo não ocorre, tendo uma menor capacidade e alto custo.
A grande diferença está em relação ao prazo, se for curto, o marítimo pode não ser a melhor opção, pois se trata de um processo mais longo, porém se você trabalhar com prazos amplos ou ter um ótimo planejamento, o marítimo novamente desponta como melhor opção.
Outro ponto de grande vantagem desse modal é a sua flexibilidade, dentro dos contêineres, você pode transportar qualquer tipo de carga e chegar a lugares onde outros modais não conseguiriam.
E aí? Já conhecia essas duas formas de estocagem e transporte por contêiner e como eles se relacionam com o transporte marítimo? Caso já tenha tido algum tipo de experiência com esse tipo de processo, conte-nos um pouco de como foi aqui na nossa guia de comentários!